Artista: Demi LovatoÁlbum: Unbroken
Ano: 2011
Produção: Timbaland, Ryan Tedder, Rock Mafia, Dreamlab, Emanuel Kiriakou, Joshua Alexander, Billy Steinberg, Toby Gad, Bleu
Lançamento: Hollywood Records
Logo que Demi Lovato anunciou que um novo álbum estava pronto para ser lançado, a expectativa dos fãs era das maiores. Afinal, todos queriam saber como uma estrela da Disney transformaria os episódios sombrios que tinha vivido em 2010 em música. "Unbroken" é o perfeito enredo de como Demi prefere se referir às suas adversidades: com muita alegria e poucos momentos de reflexão.
"Unbroken" começa ao som das batidas de Timbaland que, infelizmente, soa como se estivesse apenas reciclando o que já produziu. Com "All Night Long", Demi inicia o tom que predomina durante grande parte do CD: ela quer dançar para mostrar que superou os problemas. As músicas mais agitadas mostram uma maturidade na medida certa, "Unbroken" traz letras que passeiam superficialmente sobre amor, atração e sexo e que, por isso, não assustam os fãs que cresceram com ela. Como em "Who's That Boy" em que Demi canta sobre um garoto que está interessada: "Eu poderia nos imaginar de inúmeras formas, desde o fundo de uma balada, até uma cama em um lugar escuro".
A superficialidade não se estende apenas às letras. As primeiras faixas do CD, soam como hits radiofônicos feitos para festas, o que na voz de Demi não convence - principalmente se levamos em consideração o fato de que estas são as músicas que contam com participações como Missy Elliot, Dev, Iyaz ("You're My Only Shorty") e Jason Derulo ("Together") e que, mesmo assim, são descartáveis.
Se Demi passou todo o álbum desviando de sua intimidade e de seus sentimentos, duas faixas se destacam por escancarar problemas pessoais. "Skyscraper", balada cheia de emoção, escolhida para ser o primeiro single do álbum, pode ser facilmente relacionada com as questões enfrentadas por Demi e é, com certeza, uma das faixas mais honestas de "Unbroken". Com vocais obscuros ela canta "você pode quebrar tudo que eu sou, mas eu vou levantar do chão como um arranha-céu". Em "For The Love Of a Daughter", a história de uma garota abandonada por seu pai ainda pequena, lembra "I'm Ok" de Christina Aguilera em sua fase "Stripped".
Outras faixas relacionáveis (e nem por isso tão boas quanto as duas citadas anteriormente) também estão em "Unbroken", como "Lightweight", em que Demi canta sobre a inexperiência no amor e "Fix a Heart", uma espécie de aviso para aqueles que à machucaram. Vale a pena ouvir também a faixa que dá título ao álbum, um europop com potencial para hit e o r&b com vocais poderosos de "My Love Is Like a Star".
"Unbroken" não é um álbum coeso, ora soa como mais uma produção da Disney, ora como mais um CD dançante sem conteúdo (letra, arranjo ou produção), e nos momentos em que ela mais se destaca dando esperanças para o ouvinte, o crescimento ainda é moderado. Se um álbum deve ser o reflexo do artista, "Unbroken" simboliza que Demi Lovato ainda está imatura musicalmente, mesmo tendo potencial.
Se você tivesse que ouvir apenas uma música do cd: Skyscraper


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